
A atual crise do governo Bolsonaro é reflexo das enormes dificuldades na aplicação do seu programa ultraliberal. Numa mesma semana o governo sofreu várias derrotas. A capitalização e a desconstitucionalização foram retiradas do relatório final da reforma da previdência. As conspirações da Operação Lava-Jato vem a público com as denúncias do site The Intercept. A economia não supera a recessão e a política de Paulo Guedes começa a ser questionada em setores do capital financeiro e do empresariado.
Ao mesmo tempo, mobilizações populares ganham as ruas. Estudantes e trabalhadores realizaram jornadas de luta de massa de caráter nacional nos dias 15 e 30 de maio. A greve geral do dia 14 de junho mobilizou milhões e paralisou importantes setores da produção. Os trabalhadores e o povo em geral apoiaram a greve, que poderia ter sido mais forte, não fosse a estranha desmobilização de véspera de sindicatos do setor de transportes.
A cada dia fica mais claro que o ministro Paulo Guedes é um negocista a traficar com 0 patrimônio público. No interior do governo Bolsonaro, qualquer um que ouse manifestar algum dissenso em relação à política ultraliberal, anti-povo e antinacional é defenestrado. Vide o caso dos generais dos Correios e da Funai. Mesmo um paladino do mercado financeiro, como Joaquim Levy, é humilhado publicamente por tentar retardar aspectos do desmonte do BNDES.
Derrotado no Congresso e no STF, com impopularidade crescente e enfrentando dificuldades com setores do judiciário e da mídia, Bolsonaro sobe o tom das ameaças e assume as tendências fascistas e autoritárias do seu governo. Bolsonaro se isola e se fecha no seu núcleo. Obedece somente às ordens da ala trumpista do Partido Republicano dos EUA. Apoia-se em generais alucinados, em pastores de extrema-direita e em milícias digitais e reais.
O material publicado pelo site The Intercept confirma o que muitos de nós já desconfiávamos: a relação da Lava-Jato com autoridades do governo dos Estados Unidos. Ficam claros os objetivos da Casa Branca, aliada com frações da classe dominante brasileira, em usar a Lava-Jato para destruir a economia brasileira e nossas estruturas sociais com o fito de facilitar o saque e a pilhagem das nossas riquezas. Além de implodir a articulação dos Brics. Tudo para facilitar seu projeto de predomínio absoluto sobre a América Latina. É para essa gente e com esse projeto que Bolsonaro e Paulo Guedes governam.
O inimigo está acuado, mas detém o poder de Estado. Não surgiu ainda alternativa de poder ao governo Bolsonaro e sua camarilha. Está na hora de derrotar o projeto ultraliberal e imperialista de Bolsonaro e Paulo Guedes, que é de devastação social e de destruição nacional.
A tradicional direita brasileira preconiza uma saída neoliberal, mas esta não é solução para os principais problemas das massas trabalhadoras. Precisamos refundar o Estado brasileiro sob a hegemonia do trabalho. É preciso barrar a espoliação do povo e do país por parte do capital financeiro nacional e estrangeiro. E colocar o poder de Estado efetivamente nas mãos das massas trabalhadoras. Para tal, é necessário elevar o patamar de lutas, combinando a atuação parlamentar e institucional com a luta de massas, cabendo a esta o protagonismo.
➤ REFUNDAR O BRASIL!
➤ FORA BOLSONARO, PAULO GUEDES E SÉRGIO MORO!
➤ PELO SOCIALISMO!
➤ TODO PODER ÀS MASSAS TRABALHADORAS!
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