11 junho 2019

Parar o Brasil na Greve Geral!


Entramos em uma semana decisiva. A GREVE GERAL nesta sexta-feira, 14 de junho, pode representar um ponto de inflexão ainda maior na conjuntura nacional. Após as manifestações de maio, cuja força principal coube aos estudantes e a juventude, a GREVE GERAL pode representar a entrada em cena das massas trabalhadoras. Sabemos que a luta contra o projeto de destruição nacional e de devastação social de Bolsonaro e Paulo Guedes não termina em 14 de junho. Mas o sucesso da GREVE GERAL fortalecerá os próximos passos da nossa luta.

Atravessamos uma conjuntura extremamente difícil. Desde a crise econômica de 2008, as forças hegemônicas da classe dominante brasileira decidiram aprofundar sua política de saque e de pilhagem do país. Tudo para garantir seus lucros e privilégios. O eixo da acumulação do capital gira basicamente em torno da especulação financeira, transformando tudo em ativos que podem ser negociados, assim como o controle dos bancos sobre a dívida pública. Por isso querem fazer a reforma da previdência, acabar com os direitos sociais e trabalhistas, e privatizar os serviços públicos. Tudo tem que virar mercadoria.

Trata-se de um projeto que atende aos interesses de uma parte insignificante da população: os ricos e as camadas mais altas das classes médias. Para garantir os seus lucros, um bando de parasitas não hesitam em destruir o Estado nacional brasileiro e seus instrumentos de regulação econômica e de proteção social. E interditar ao Brasil o direito a ter autonomia política, econômica, tecnológica, científica, ambiental etc. É para essa gente que Bolsonaro e Paulo Guedes governam com apoio do Congresso e do STF. E quem está a pagar as consequências sociais desse desastre somos nós, as massas trabalhadoras.

Por isso, nós, comunistas da Arma da Crítica, insistimos que a saída da situação atualmente vivida exige uma verdadeira refundação do Brasil comandada pelas massas trabalhadoras, que estanque o saque e a espoliação sobre o nosso povo. Que revogue a reforma trabalhista e o teto nos gastos públicos. Que realize uma rigorosa auditoria da dívida pública. Que faça investimentos maciços na construção de uma rede pública de qualidade de saúde e educação. Que acabe com a terceirização. Que eleve os salários e reduza a jornada de trabalho para 40 horas semanais. Que aplique uma política de obras públicas. Que reestatize empresas básicas como a Petrobras, a Embraer e a Vale, colocando- as a serviço de um projeto que elimine as desigualdades sociais e regionais. Uma refundação que acima de tudo coloque o poder de Estado efetivamente nas mãos das massas trabalhadoras.

A GREVE GERAL em 14 de junho é parte importante nessa luta. Nesse sentido, conclamamos todos os militantes e amigos da Arma da Crítica a terem participação ativa nas paralisações e nos atos públicos. Deve-se aproveitar a GREVE GERAL para elevar o nível de consciência e organização das trabalhadoras.

DERROTAR O PROJETO ULTRALIBERAL DE BOLSONARO E PAULO GUEDES

VIVA A GREVE GERAL!
TODO PODER ÀS MASSAS TRABALHADORAS!
PELO SOCIALISMO!

NOTA FINAL:

Quando encerrávamos essa nota já era público o escândalo denunciado pelo site The Intercept. As conversas revelam ações coordenadas entre os procuradores e o juiz Sérgio Moro, no âmbito da Lava-Jato, para condenar o ex-presidente Lula. O caso demonstra como a burguesia, quando se trata de defender seus interesses, não exita em afrontar sua própria legalidade. E também evidencia como o sistema político brasileiro, dominado pelo capital, perdeu toda a legitimidade.
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A Organização Comunista Arma da Crítica (OCAC) é uma organização de trabalhadores(as) que se organizam e lutam pela Revolução Brasileira operária, popular, social, nacional, anti-imperialista e democrática, orientada para a construção do socialismo. Tendo o marxismo-leninismo como o nosso principal instrumental teórico-prático, entendemos que a construção de um autêntico partido revolucionário arraigado entre as massas trabalhadoras é condição fundamental para essa revolução.

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